CERCO DE JERICÓ NA PARÓQUIA SANTA MÔNICA
Emocionante, de grande unção e repleto de Graças os momentos
que vivemos durante o encerramento do Cerco de Jericó no dia 28 de fevereiro de
2013, na Paróquia de Santa Mônica durante a realização da Adoração ao
Santíssimo Sacramento.
Após as meditações diante do Santíssimo Sacramento, com muito
louvor, com a participação excepcional do Ministério de Música da Paróquia e
intensa participação de todos os presentes, o Frei Alessandro, oar, nosso
Pároco, que presidiu esta solenidade, deu 7 voltas na Igreja com o Santíssimo
Sacramento. Houve muitas graças
derramadas por Nosso Senhor Jesus Cristo. Já fomos procurados por várias
pessoas que receberam graças. Deus seja louvado!
Em nome do Secretariado Rainha da Paz do Rio de Janeiro e do
Grupo de Oração Rainha da Paz e São Pio de Pietrelcina, agradeço a todos que
participaram e contribuíram para o êxito destes momentos de intensa oração, e
peço que continuem a orar pela Igreja em especial pela escolha do novo Sumo
Pontífice.
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Discurso de despedida do Papa Bento XVI
PAPA BENTO XVI
Praça de São PedroQuarta-feira, 27 de Fevereiro de 2013
Amados irmãos e irmãs!
Agradeço-vos por terdes vindo em
tão grande número a esta minha última Audiência Geral.
De coração, obrigado! Sinto-me
verdadeiramente comovido e vejo a Igreja viva! E acho que devemos dizer
obrigado também ao Criador pelo bom tempo que nos dá agora, ainda no Inverno.
Como fez o Apóstolo Paulo no texto
bíblico que ouvimos, também eu sinto em meu coração que devo sobretudo
agradecer a Deus, que guia e faz crescer a Igreja, que semeia a sua Palavra e
assim alimenta a fé no seu Povo. Neste momento, alarga-se o horizonte do meu
espírito e abraça toda a Igreja espalhada pelo mundo; e dou graças a Deus pelas
«notícias» que pude receber, nestes anos de ministério petrino, acerca da fé no
Senhor Jesus Cristo, da caridade que circula realmente no Corpo da Igreja e o
faz viver no amor, e da esperança que nos abre e orienta para a vida em
plenitude, para a pátria do Céu.
Sinto que tenho a todos comigo na
oração, num presente que é o de Deus, onde reúno cada encontro, cada viagem,
cada visita pastoral. Reúno tudo e todos na oração, para os confiar ao Senhor,
pedindo-Lhe que tenhamos pleno conhecimento da sua vontade, com toda a
sabedoria e inteligência espiritual, e possamos comportar-nos de maneira digna
d’Ele, do seu amor, dando frutos em toda a boa obra (cf. Col 1, 9-10).
Neste momento, reina em mim uma
grande confiança, porque sei, sabemos todos nós, que a Palavra de verdade do
Evangelho é a força da Igreja, é a sua vida. O Evangelho purifica e renova, dá
frutos por todo o lado onde a comunidade dos fiéis o escuta e acolhe a graça de
Deus na verdade e na caridade. Esta é a minha confiança, esta é a minha
alegria.
Quando, no dia 19 de Abril de
quase oito anos atrás, aceitei assumir o ministério petrino, uma certeza
firme se apoderou de mim e sempre me acompanhou: esta certeza de que a Igreja
vive da Palavra de Deus. Naquele momento, como já disse várias vezes, as
palavras que ressoaram no meu coração foram: Senhor, porque me pedis isto…, uma
coisa imensa!? Este é um grande peso que me colocais sobre os ombros, mas se
Vós mo pedis, à vossa palavra lançarei as redes, seguro de que me guiareis, mesmo
com todas as minhas fraquezas. E, oito anos depois, posso dizer que o Senhor me
guiou verdadeiramente, permaneceu junto de mim, pude diariamente notar a sua
presença. Foi um pedaço de caminho da Igreja que teve momentos de alegria e
luz, mas também momentos não fáceis; senti-me como São Pedro com os Apóstolos
na barca no lago da Galileia: o Senhor deu-nos muitos dias de sol e brisa
suave, dias em que a pesca foi abundante; mas houve também momentos em que as
águas estavam agitadas e o vento contrário – como, aliás, em toda a história da
Igreja – e o Senhor parecia dormir. Contudo sempre soube que, naquela barca,
está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa,
mas é d’Ele. E o Senhor não a deixa afundar; é Ele que a conduz, certamente
também por meio dos homens que escolheu, porque assim quis. Esta foi e é uma
certeza que nada pode ofuscar. E é por isso que, hoje, o meu coração transborda
de gratidão a Deus, porque nunca deixou faltar a toda a Igreja e também a mim a
sua consolação, a sua luz, o seu amor.
Estamos no Ano da Fé, que desejei precisamente para
reforçar a nossa fé em Deus, num contexto que parece colocá-Lo cada vez mais de
lado. Queria convidar todos a renovarem a confiança firme no Senhor, a
entregarem-se como crianças nos braços de Deus, seguros de que aqueles braços
nos sustentam sempre e nos permitem caminhar todos os dias, mesmo no cansaço.
Queria que cada um se sentisse amado por aquele Deus que entregou o seu Filho
por nós e nos mostrou o seu amor sem limites. Queria que cada um sentisse a
alegria de ser cristão. Numa bela oração, que se recita diariamente pela manhã,
diz-se: «Eu Vos adoro, meu Deus, e Vos amo com todo o coração. Agradeço-Vos por
me terdes criado, feito cristão...». Sim! Estamos contentes pelo dom da fé; é o
bem mais precioso, que ninguém nos pode tirar! Agradeçamos ao Senhor por isso
mesmo todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos ama,
mas espera que também nós O amemos!
Mas não é só a Deus que quero
agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de
Pedro, embora recaia sobre ele a primeira responsabilidade. Eu nunca me senti
sozinho, ao carregar as alegrias e o peso do ministério petrino; o Senhor
colocou junto de mim tantas pessoas que, com generosidade e amor a Deus e à
Igreja, me ajudaram e estiveram ao meu lado. E em primeiro lugar vós, amados
Irmãos Cardeais: a vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade foram
preciosos para mim; os meus Colaboradores, a começar pelo meu Secretário de
Estado que me acompanhou fielmente ao longo destes anos; a Secretaria de Estado
e a Cúria Romana inteira, bem como todos aqueles que, nos mais variados
sectores, prestam o seu serviço à Santa Sé: são muitos rostos que não
sobressaem, permanecem na sombra, mas precisamente no silêncio, na dedicação
quotidiana, com espírito de fé e humildade, foram para mim um apoio seguro e
fiável. Um pensamento especial para a Igreja de Roma, a minha diocese! Não
posso esquecer os Irmãos no Episcopado e no Presbiterado, as pessoas
consagradas e todo o Povo de Deus: nas visitas pastorais, nos encontros, nas
audiências, nas viagens, sempre senti grande solicitude e profundo afecto; mas
também eu amei a todos e cada um sem distinção, com aquela caridade pastoral
que é o coração de cada Pastor, sobretudo do Bispo de Roma, do Sucessor do
Apóstolo Pedro. Todos os dias tinha presente cada um de vós na oração, com o
coração de pai.
Depois, queria que a minha saudação
e o meu agradecimento chegassem a todos: o coração de um Papa abraça o mundo
inteiro. E queria expressar a minha gratidão ao Corpo Diplomático junto da
Santa Sé, tornando presente a grande família das nações. Aqui penso também a
todos aqueles que trabalham por uma boa comunicação, e agradeço-lhes o seu
serviço importante.
Neste momento, queria agradecer
verdadeiramente do coração também às inúmeras pessoas, de todo o mundo, que nas
últimas semanas me enviaram comoventes sinais de atenção, amizade e oração.
Sim! O Papa nunca está sozinho, pude experimentá-lo agora mais uma vez e duma
maneira tão grande que toca o coração. O Papa pertence a todos, e muitíssimas
pessoas se sentem estreitamente unidas a ele. É verdade que recebo cartas dos
grandes do mundo – dos Chefes de Estado, dos líderes religiosos, dos
representantes do mundo da cultura, etc. –, mas recebo também muitíssimas
cartas de pessoas simples que me escrevem simplesmente com o seu coração e me
fazem sentir o seu afecto, que brota do facto de estarmos unidos com Jesus
Cristo, na Igreja. Estas pessoas não me escrevem como se faz, por exemplo, a um
príncipe ou a um grande que não se conhece; mas escrevem-me como irmãos e irmãs
ou como filhos e filhas, com o sentido de um vínculo familiar muito afectuoso.
Aqui pode-se tocar com a mão o que é a Igreja: não uma organização, uma
associação para fins religiosos ou humanitários, mas um corpo vivo, uma
comunhão de irmãos e irmãs no Corpo de Jesus Cristo, que nos une a todos. Poder
experimentar a Igreja deste modo e quase tocar com as mãos a força da sua
verdade e do seu amor é motivo de alegria, num tempo em que muitos falam do seu
declínio. Mas vejamos como a Igreja está viva hoje!
Nestes últimos meses, senti que as
minhas forças tinham diminuído, e pedi a Deus com insistência, na oração, que
me iluminasse com a sua luz para me fazer tomar a decisão mais justa, não para
o meu bem, mas para o bem da Igreja . Dei este passo com plena consciência da
sua gravidade e também novidade, mas com uma profunda serenidade de espírito.
Amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer escolhas difíceis,
dolorosas, tendo sempre diante dos olhos o bem da Igreja e não a nós mesmos.
Permiti-me, aqui, voltar mais uma
vez àquele 19 de Abril de 2005. A gravidade da decisão esteve precisamente no facto
de que, daquele momento em diante, me comprometera sempre e para sempre com o
Senhor. Sempre: quem assume o ministério petrino deixa de ter qualquer vida
privada. Pertence sempre e totalmente a todos, a toda a Igreja. A sua vida
fica, por assim dizer, totalmente despojada da dimensão privada. Pude
experimentar, e estou a experimentá-lo precisamente agora, que um recebe a vida
precisamente quando a dá. Eu disse, antes, que muitas pessoas que amam o
Senhor, amam também o Sucessor de São Pedro e estão-lhe afeiçoadas; que o Papa
tem verdadeiramente irmãos e irmãs, filhos e filhas em todo o mundo, e que se
sente seguro no abraço da vossa comunhão; é assim, porque deixou de se
pertencer a si mesmo, pertence a todos e todos pertencem a ele.
Mas o «sempre» é também um «para
sempre»: não haverá mais um regresso à vida privada. E a minha decisão de
renunciar ao exercício activo do ministério não revoga isto; não volto à vida
privada, a uma vida de viagens, encontros, recepções, conferências, etc. Não
abandono a cruz, mas permaneço de forma nova junto do Senhor Crucificado. Deixo
de trazer a potestade do ofício em prol do governo da Igreja, mas no serviço da
oração permaneço, por assim dizer, no recinto de São Pedro. Nisto, ser-me-á de
grande exemplo São Bento, cujo nome adoptei como Papa. Ele mostrou-nos o
caminho para uma vida, que, activa ou passiva, está votada totalmente à obra de
Deus.
Agradeço a todos e cada um ainda
pelo respeito e compreensão com que acolhestes esta decisão tão importante.
Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, através da oração e da reflexão,
com aquela dedicação ao Senhor e à sua Esposa que procurei diariamente viver
até agora, e quero viver sempre. Peço que me recordeis diante de Deus, e
sobretudo que rezeis pelos Cardeais, chamados a uma tarefa tão relevante, e
pelo novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Que o Senhor o acompanhe com a luz e a
força do seu Espírito!
Invocamos a materna intercessão da
Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, pedindo-Lhe que acompanhe cada um de nós
e toda a comunidade eclesial; a Ela nos entregamos, com profunda confiança.
Queridos amigos! Deus guia a sua
Igreja; sempre a sustenta mesmo e sobretudo nos momentos difíceis. Nunca
percamos esta visão de fé, que é a única visão verdadeira do caminho da Igreja
e do mundo. No nosso coração, no coração de cada um de vós, habite sempre a
jubilosa certeza de que o Senhor está ao nosso lado, não nos abandona, está
perto de nós e nos envolve com o seu amor. Obrigado!
Peregrinações com o Secretariado Rainha da Paz em 2012:
Guadalupe (fevereiro) e Santuários Marianos da Itália e Medjugorje (Junho)
Peregrinação Virgem de Guadalupe (México) Fevereiro 2012
Diretor Espiritual Frei Júlio
Peregrinação Virgem de Guadalupe (México) Fevereiro 2012
Diretor Espiritual Frei Júlio
Peregrinação São Pio de Pietrelcina, Santuários Marianos e Medjugorje
Junho de 2012, em Medjugorje
Peregrinação São Pio de Pietrelcina, Santuários Marianos e Medjugorje
Junho de 2012, no Vaticano