Leonardo da Vinci estava pintando a famosa "Ultima Ceia". Queria que fosse sua obra-prima. Por isso, não tinha pressa. Teve o capricho de procurar modelos no meio do povo para representar a figura de Jesus e dos apóstolos.
Não foi fácil encontrar o modelo para Jesus. Encontrou-o numa igreja, na hora da celebração eucarística. Era um jovem de rosto fino e másculo, cabelos compridos, e semblante que irradiava nobreza.
E assim foi modelando os outros personagens: São Pedro, São João, Santo André....
O tempo foi se escoando, e o quadro ainda estava pro terminar. Chegou a vez de pintar o rosto sinistro de Judas Iscariotes. Deixa-o pra o fim, o que era a tarefa mais repugnante de sua obra artística.
Foi mais fácil achar o modelo para Judas. Tinha que ser um rosto que refletisse a perfídia, a covardia, a revolta, o ódio, o cinismo. Foi encontra-lo numa boate. Trouxe o rapaz para seu atelier. Enquanto fixava os olhos no model,foi descobrindo traços já conhecidos. Para tirar dúvidas perguntou-lhe o nome. Sim era o mesmo rapaz que, antes servira de modelo para Jesus!
Chamava-se Pedro Bandinelli. Em poucos anos o vício havia transformado e desfigurado aquele rosto. É o preço do vicio.
Fonte: O Brilho da castidade, professor, Felipe Aquino. Pagina 124;
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