Cristo convidou a dirigirmo-nos a Deus com insistência e confiança para ser escutados:
«Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á.» (Mt 7,7)
O fundamento desta eficácia da oração é a bondade do Pai, mas também a mediação junto d'Ele por parte do mesmo Cristo (cf. 1 Jo 2,1) e a ação do Espírito Santo, que «intercede por nós» conforme os desígnios de Deus (cf. Rom 8, 26-27). De fato, nós «não sabemos o que devemos pedir em nossas orações» (Rom 8, 26) e, às vezes, não somos atendidos «porque pedimos mal» (Tg 4, 3).
Em apoio da oração que Cristo e o Espírito fazem brotar no nosso coração, intervém Maria com a sua materna intercessão.
«A oração da Igreja é como que sustentada pela oração de Maria.»
De fato, se Jesus, único Mediador, é o Caminho da nossa oração, Maria, pura transparência d'Ele, mostra o Caminho, e «é a partir desta singular cooperação de Maria com a ação do Espírito Santo que as Igrejas cultivaram a oração à santa Mãe de Deus, centrando-a na pessoa de Cristo manifestada nos seus mistérios». Nas bodas de Caná, o Evangelho mostra precisamente a eficácia da intercessão de Maria, que se faz porta-voz junto de Jesus das necessidades humanas: «Não têm vinho» (Jo2,3).
[...] No Rosário, Maria, santuário do Espírito Santo (cf. Lc1,35), ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor diante do Pai que a cumulou de graça e do Filho nascido das suas entranhas, pedindo conosco e por nós.
São João Paulo II (Rosarium Virginis Mariae, n.16)
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