Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. 26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. 28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. 30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.
- Palavra da Salvação.
33º Domingo Comum
Comentário do Evangelho
Frei Heliodoro
Fernandez, oar
Passado, presente e futuro se misturam nas leituras deste
domingo com descrições apocalípticas sobre o fim do mundo e a destruição de
Jerusalém, levada a cabo pelo general romano Tito no ano 70 da nossa era.
Para quem não conhece os estilos literários da Bíblia e toma
tudo ao pé da letra, pode sentir-se angustiado. Quanta gente é dominada pelo
medo! Medo de multas, de perder o emprego, de acidentes, de assaltos, de
doenças, de ser reprovados nos estudos, de morrer, de ser condenados, etc.
Viver assim não é viver. O medo a ansiedade e a angústia tem que dar lugar à
fé, à esperança e ao otimismo.
No passado falava-se, mais do que agora, sobre o fim do
mundo. Falsos profetas, seitas religiosas e visionárias, alertavam dizendo que
o fim do mundo estava com dia e hora marcados.
Logo dava o que dava; chegava o dia e continuava tudo igual. Jesus disse
aos apóstolos e diz hoje a nós: “Não
façais caso, pois o dia e a hora ninguém sabe, somente Deus Pai”.
Está claro que o Evangelho anuncia, de forma dramática, o fim
do mundo cósmico e o fim de cada pessoa porque, na verdade, o fim do mundo
termina para pessoa, quando pessoa termina para o mundo. Como não sabemos
quando vai chegar o nosso fim, então sigamos a recomendação de Jesus: “Vigiai, orai e estai sempre preparados”. Como
estar bem preparados? Cumprindo bem nossa missão e estar bem com Deus, com
os outros e consigo mesmo, sem separar
um do outro, pois nesse estar bem com tudo e com todos, está em jogo o nosso destino eterno.
O fim da vida, para uns, é o fim de tudo; para outros é o
começo de uma nova vida. Onde termina a razão, começa a fé. Se para a razão
tudo que nasce morre; para a fé, tudo que é humano e morre, ressuscitará, como
rezamos no Credo: ‘Creio na ressurreição
dos mortos e na vida do mundo que há de vir’.
A sociedade nos injeta soporíferos diante dos valores eternos
e nos seduz com valores terrenos, efêmeros e passageiros.
Jesus recomenda: orar, vigiar e agir. Cada cristão é o vigilante
da sua vida, da sua fé e da sua esperança. De que maneira? Evitando cair no
materialismo, no relativismo e no secularismo. Descubramos o Senhor e seu Reino
em meio de nós: no irmão que caminha ao nosso lado, na família, no trabalho, na
alegria, na tristeza, na saúde e na doença. Temos consciência do que somos e
mostramos em quem acreditamos e o que esperamos?
Deus Pai, com carinho, diz a todos nós: “Coragem, não temais, eu venci o mundo. A vitória que vence o mundo é a
nossa fé”. Se assim nos comportamos, no final ouviremos isto de Deus Pai: “Vinde, benditos do meu Pai, recebei o
reino que vos foi preparado desde o início do mundo”.
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