Expectativas para visita do Papa à Terra Santa
“Será para todos um grande momento de esperança”. Assim, o Núncio Apostólico em Israel e Delegado Apostólico em Jerusalém e Palestina, Arcebispo Giuseppe Lazzarotto, comentou a visita do Papa Francisco à Terra Santa.
A visita está marcada para os dias 24 a 26 de maio deste ano. Até o momento, esta é a única viagem confirmada para 2014 e a segunda viagem estrangeira do pontificado de Francisco. A primeira foi ao Brasil, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude.
De acordo com Dom Lazzarotto, a principal motivação desta viagem é recordar os 50 anos do encontro entre Paulo VI e o patriarca Atenágoras, evento que levou à declaração comum que cancelou as excomunhões recíprocas, as quais já chegavam a quase mil excomunhões antes da assinatura da declaração, causando o Grande Cisma entre a Igreja do Oriente e a Igreja do Ocidente.
Para o representante pontifício, “esta visita abrirá novas oportunidades, esperando que o terreno trabalhado de maneira nova e diferente possa produzir uma colheita mais abundante. Devemos ser semeadores de esperança. É o que o Papa quer fazer. Ter esperança e dialogar são os modos para alcançar o objetivo da paz.”
Por sua vez, o Patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, declarou que a peregrinação de Francisco será uma visita de oração, mas uma dimensão social e política é inegável, sobretudo no que diz respeito à reflexão sobre o Oriente Médio e sobre a vida das comunidades eclesiais locais.
“Os esforços do Papa Francisco para doar a paz a esta região, unidos aos de soberanos como o Rei da Jordânia, Abdallah, são evidentes e contínuos”, explica o Patriarca, recordando também os milhares de deslocados e refugiados sírios que se encontram na Jordânia e nos países vizinhos.
“Fazemos votos que, mesmo depois de 65 anos de violência e de ocupação, israelenses e palestinos possam encontrar caminhos de justiça e viver em paz. A presença do Papa, a profundidade de suas palavras, o impacto mundial que terá a visita, creio, poderão sacudir as consciências. Foi o que vimos no dia de jejum e oração pela Síria. Serão três dias em que ressoará forte o apelo à paz e ao diálogo”, declarou à agência católica Sir.
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