Na terceira petição do Pai-Nosso “seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu” pedimos a graça de fazer em todas as coisas a vontade de Deus, obedecendo aos seus santos mandamentos tão prontamente como os Anjos e os Santos Lhe obedecem no Céu. Pedimos, além disso, a graça de corresponder às inspirações divinas e de viver resignados à vontade de Deus, quando Ele nos manda tribulações.
É-nos tão necessário cumprir a vontade de Deus, como nos é necessário conseguir a salvação eterna, porque Jesus Cristo disse que só entrará no reino dos céus quem tiver feito a vontade de seu Pai.
E de que maneira podemos conhecer qual a Vontade de Deus a nosso respeito? A Vontade de Deus nos é manifestada pelos Mandamentos de sua Lei e pelos preceitos de sua Santa Igreja. Nossos superiores espirituais, postos por Deus para guiar-nos no caminho da Salvação, nos orientam a fim de que conheçamos os desígnios particulares da Providência a nosso respeito, desígnios que se podem manifestar em divinas inspirações ou nas circunstâncias em que o Senhor nos tenha colocado.
Tanto nas prosperidades como nas adversidades da vida presente, devemos reconhecer sempre a vontade de Deus, o qual tudo dispõe ou permite para nosso bem. A revelação Divina encerrou-se com a morte do último Apóstolo, de maneira que não há mais Revelação pública necessária para a salvação. A afirmação de que devemos ver em todas as coisas a Vontade de Deus, diz apenas que todas as coisas estão sujeitas à Santíssima Vontade de Deus, de maneira que mesmo o mal não acontece sem uma permissão de Deus, que sabe tirar o bem do mal, e por isso o permite. E como Deus tem sobre os homens uma amorosa Providência, devemos ver em todos os acontecimentos, bons ou maus, um desígnio de Deus que visa nossa salvação eterna.
Fonte: DO CATECISMO DE SÃO PIO X
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