(Pequenos trechos do texto da Via-Sacra com o Papa Francisco hoje no Coliseu)
I ESTAÇÃO
Jesus condenado à morte
“E nós? Saberemos ter uma consciência reta e responsável, transparente, que nunca volte as costas ao inocente, mas se posicione, com coragem, em defesa dos fracos, resistindo à injustiça e defendendo em todo o lado a verdade violada?”
II ESTAÇÃO
Jesus é carregado com a Cruz
“A cruz tornar-se-á mais leve, se levada com Jesus e sustentada conjuntamente por todos, porque «pelas suas feridas – transformadas em frestas – fomos curados» (cf. 1 Ped 2, 24).”
III ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez
“É um Jesus frágil, humaníssimo, Aquele que contemplamos, maravilhados, nesta estação de grande sofrimento. Precisamente esta sua queda, no pó, revela-nos ainda mais o seu amor imenso.”
IV ESTAÇÃO
Jesus encontra a Mãe
“Ao redor de Maria, nunca seremos um povo órfão! Também a nós, como a São Juan Diego, Maria oferece a carícia da sua consolação materna e diz-nos: «Não se perturbe o teu coração. (...) Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?»”
V ESTAÇÃO
Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a Cruz
“Só abrindo o coração ao amor divino, sou impelido a procurar a felicidade dos outros nos variados gestos de voluntariado: uma noite no hospital, um empréstimo sem juros, uma lágrima enxugada em família, a gratuidade sincera, o compromisso clarividente do bem comum, a partilha do pão e do trabalho, vencendo toda e qualquer forma de ciúmes e de inveja.”
VI ESTAÇÃO
A Verônica limpa o rosto de Jesus
“Jesus pára diante de uma mulher que vem ao seu encontro, sem qualquer hesitação. É a Verónica, verdadeira imagem feminina da ternura. Aqui o Senhor encarna a nossa necessidade de amorosa gratuidade, de nos sentirmos amados e protegidos por gestos de carinho e cuidado.”
VII ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
“Em cada prisão, junto de cada torturado, está sempre Ele, o Cristo sofredor, preso e torturado. Quando provados, mesmo duramente, é Ele o nosso auxílio, para não se apoderar de nós o pavor.”
VIII ESTAÇÃO
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
“Choremos por aqueles homens que descarregam sobre as mulheres a violência que têm dentro. Choremos pelas mulheres escravizadas pelo medo e a exploração. Mas, não basta bater no peito e sentir comiseração. Jesus é mais exigente. As mulheres devem ser tranquilizadas como Ele fez, devem ser amadas como um dom inviolável para toda a humanidade. Para o crescimento dos nossos filhos, em dignidade e esperança.”
IX ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez
“A contemplação de Jesus, caído mas capaz de levantar-Se, nos ajude a saber vencer os isolamentos que o medo do amanhã imprime no nosso coração, sobretudo neste tempo de crise. Superemos a má nostalgia do passado, a comodidade do imobilismo, do «sempre se fez assim»”
X ESTAÇÃO
Jesus é despojado das vestes
“Em Jesus inocente, desnudado e torturado, reconhecemos a dignidade violada de todos os inocentes, especialmente dos humildes. Deus não impediu que o seu corpo, nu, fosse exposto na cruz. Fê-lo para resgatar todo o abuso, injustamente coberto, e demonstrar que Ele, Deus, está irrevogavelmente e sem meios termos da parte das vítimas.”
XI ESTAÇÃO
Jesus é pregado na Cruz
“Quando alguém toma sobre si as nossas enfermidades, por amor, a própria noite do sofrimento abre-se à luz pascal de Cristo crucificado e ressuscitado. E aquilo que humanamente é uma condenação, pode transformar-se numa oblação redentora, para bem das nossas comunidade e famílias. A exemplo dos Santos.”
XII ESTAÇÃO
Jesus morre na Cruz
“Jesus, lentamente, com passos que também são os nossos, atravessa toda a escuridão da noite, para Se abandonar, confiadamente, nos braços do Pai. É o gemido dos moribundos, o grito dos desesperados, a prece dos falidos. É Jesus.”
XIII ESTAÇÃO
Jesus é descido da Cruz
“Revelai-nos a doçura daquele último fiel abraço e dai-nos a vossa consolação materna,para que o sofrimento do dia a dia nunca interrompa a esperança da vida para além da morte.”
XIV ESTAÇÃO
Jesus é depositado no sepulcro
“Na morte de Cristo, ruíram todos os tronos do mal, fundados sobre a ganância e a dureza do coração. A morte desarma-nos, faz-nos compreender que estamos sujeitos a uma existência terrena que tem um termo. Mas é diante daquele corpo de Jesus, depositado no sepulcro, que tomamos consciência de quem somos: criaturas que, para não morrer, precisam do seu Criador.”
ORAÇÃO
Protegei-me, ó Deus! Em Vós me refugio. Vós sois a minha parte de herança e o meu cálice, nas vossas mãos está a minha vida.Tenho-Vos sempre diante dos olhos, como meu Senhor, estais à minha direita, não poderei vacilar. Por isso, se alegra o meu coração e exulta a minha alma, e também o meu corpo repousa em segurança. Não abandoneis a minha vida na morada dos mortos nem deixeis que o vosso servo conheça a sepultura.Mostrar-me-eis o caminho da vida, alegria plena na vossa presença, doçura sem fim à vossa direita. Amém.
Texto completo da Via-Sacra no Coliseu: http://goo.gl/LCXYjZ
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