VIA SACRA NA PARÓQUIA SANTA MÔNICA, LEBLON
Participação do Grupo de Oração Rainha da Paz e São Pio de Pietrelcina na Paróquia Santa Mônica, Rio de Janeiro.
"Mensagem da Rainha da Paz"
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Posted: 28 Feb 2015 01:49 AM PST
Deus não é indiferente conosco, conhece o nosso nome e nos cuida, afirmou o Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015, na qual propôs aos fiéis três passagens para refletir e renovar seu encontro com Cristo e assim combater a globalização da indiferença.
Cada um de nós interessa a Deus, “o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença”, assinalou o Papa.
Entretanto, advertiu que “esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial” e é também uma tentação para os cristãos.
Por isso, propôs aos fiéis três passagens para refletir, renovar o encontro com Deus e assim não ser indiferentes:
O primeiro é “Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros” – A Igreja.
Nesta passagem, Francisco explica que com o seu ensinamento e testemunho, a Igreja oferece “o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença”. Entretanto, ninguém pode testemunhar o que antes não experimentou, como ocorreu na Quinta-feira Santa, quando Pedro compreende que o serviço de lavar os pés uns aos outros “só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa ‘tem a haver com Ele’, podendo assim servir o homem”.
“A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele”, afirmou Francisco. “Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença”, acrescentou.
Nesse sentido, recordou que a Igreja é “communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas”, “aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos”. “E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe”, afirmou.
NO PERDÃO REENCONTRA-SE A PAZ
O testemunho da menina de Saigon que se tornou símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã
O testemunho da menina de Saigon que se tornou símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã
No dia 8 de junho de 1972, um avião bombardeou a aldeia de Trang Bang, no Vietnã do Sul, depois de o piloto confundir um grupo de civis com tropas inimigas. As bombas continham napalm, um combustível altamente inflamável que queimou e matou inúmeras pessoas em terra.
A famosa imagem em branco e preto desse evento (foto acima), que imortaliza as crianças fugindo do povoado em chamas, ganhou o Prêmio Pulitzer e foi eleita pelo World Press como a Foto do Ano em 1972. Tornou-se símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã, da crueldade de todas as guerras para as crianças e as vítimas civis.
A protagonista da foto é uma menina de 9 anos que corre, nua e desesperada, pela estrada, depois de ter sua roupa toda queimada. Seu nome é Kim Phuc Phan Thi, e ela participava de uma cerimônia religiosa com sua família no momento do bombardeio.
Kim interveio recentemente por ocasião do 40º aniversário do bombardeio, e contou que, depois da fotografia, caiu no chão e foi socorrida pelo fotógrafo, Nick Ut, que a levou ao hospital. Ficou 14 meses internada e sofreu 17 intervenções cirúrgicas.
“Minha vontade era ter morrido naquele dia, junto à minha família – disse. Foi difícil carregar todo esse ódio, essa raiva.” Apesar das profundas cicatrizes em seu corpo, ela estudou medicina e, no segundo ano da faculdade, em Saigon, descobriu o Novo Testamento na biblioteca universitária. Começou a lê-lo e decidiu seguir Jesus Cristo, percebendo que Deus tinha um plano para a sua vida.
Junto ao seu marido, também vietnamita, fundou, em 1997, a primeira Kim Foundation International nos Estados Unidos, com o objetivo de proporcionar assistência médica e psicológica às crianças vítimas das guerras. O projeto se espalhou e hoje existem vários centros.
A conversão cristã, sobretudo a fé, deram-lhe forças para perdoar. Hoje, Kim tem 50 anos, mora perto de Toronto (Canadá), com seu marido e dois filhos, Thomas e Stephen. Ela dedica sua vida à promoção da paz, oferecendo apoio médico e psicológico às vítimas da guerra na Uganda, Timor Oriental, Romênia, Tadjiquistão, Quênia, Gana e Afeganistão.
“O perdão me libertou do ódio”, escreveu em sua biografia, “The girl in the picture”.
“Ainda tenho muitas cicatrizes no corpo e uma forte dor quase todos os dias, mas o meu coração se purificou. O napalm é muito potente, mas a fé, o perdão e o amor são mais fortes. Não teremos mais guerras se todos aprenderem a conviver com o verdadeiro amor, com a esperança e o perdão. Se isso foi possível com a menina da foto, pergunte-se: será que eu também posso?”.
fonte: aleteia
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Conselhos de 3 grandes santas da Igreja
A sabedoria de
Teresa de Jesus, Teresa de Lisieux e Catarina de Sena
O terceiro ponto vem de Santa Catarina
de Sena, leiga terciária que nunca viveu num convento; celibatária, mas não freira no sentido técnico da palavra. Mesmo
analfabeta, escreveu cartas e mais cartas para o Papa, que estava escondido em
Avignon, convencendo-o a reassumir seu lugar na Igreja, portanto, num certo
sentido, Santa Catarina de Sena mudou o destino da Igreja.
Com seus
gestos ela ensina uma coisa muito importante: a conversão dos pecadores deve
ser buscada por todos para que Deus seja agradado, o que torna todos apóstolos.
Nela se compreende o que Santo Tomás de Aquino ensina que o amor pode ter
vários objetos. O objeto material do amor pode ser Deus, a própria pessoa ou
até mesmo os bilhões de pessoas da Terra, os santos, os anjos, etc. todos podem
ser amados. Contudo, a caridade, o amor só tem um objeto formal: Deus. Amar a
Deus por Deus, amar ao próximo por amor a Deus, amar a si mesmo por amor a
Deus. Ele é a modalidade pela qual se deve amar. Portanto, a vida de
apostolado, o sacrifício, a pregação, o pedido de conversão pelos pecadores
deve ter como foco principal o amor para com Deus. Só assim haverá sentido.
Assim, ter
sempre diante dos olhos o amor de Deus encarnado e a cruz de Cristo,
lembrando-se de que Ele nos amou por primeiro, é o primeiro objetivo. O segundo
é responder a esse amor nos pequenos gestos e atos ordinários no dia a dia e o
terceiro, ser missionário, levando outros a Deus, motivados a dar maior glória
a Deus, fazendo como um ato de amor a Ele, levando seus filhos de volta para
casa. Estes são os passos extraídos das lições das três grandes doutoras que
nos oferecem um projeto espiritual.
Quem aceita o
desafio?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
MENSAGEM DA RAINHA DA PAZ EM MEDJUGORJE DE 25.02.2015
"Queridos filhos, neste tempo de graça convido todos vocês para rezar mais e falar menos. Na oração, busquem a vontade de Deus e vivam de acordo com os mandamentos aos quais Deus nos convida . Eu estou com vocês e rezo com vocês. Obrigado por terem respondido ao meu chamado. "
A
MÃE DE DEUS – a melhor teóloga pastoral
Na
residência do arcebispo de Viena Christoph Schönborn Cardeal em Medjugorje, Max
Domej de Gebetsaktion Wien falou com ele.
Tanto em
Lourdes e Fátima, a Igreja manifestou a sua opinião, o seu julgamento final,
somente após os acontecimentos acabaram. Em que virá novamente, mais cedo ou
mais tarde, mas aqui deixamos as mãos livres para a Mãe de Deus ... Eu acho que
Medjugorje pode continuar a seguir o seu caminho, com a confiança de que a
Igreja, Mãe e Mestra, seguirá muito boa a maneira pela qual você está indo.
Eminência o
Cardeal Christoph Schönborn, é uma grande honra para nós conhecê-lo aqui em
Medjugorje. Você pode nos dizer o que o motivou a vir?
Eu não
poderia descrever precisamente como aconteceu. Acompanho as notícias sobre
Medjugorje por muitos anos. Nunca estive aqui antes, mas em nossa Diocese ou
mesmo além dela, tinha conhecimento dos frutos de Medjugorje. Jesus diz no
Evangelho: a árvore é conhecida pelos seus frutos. Quando vejo os frutos de
Medjugorje, eu posso definitivamente dizer que a árvore é boa. Apenas dois
pequenos exemplos. No aeroporto de Viena, durante a verificação de segurança,
um guarda viu no meu bilhete que estava voando para Zagreb. Ele me reconheceu e
me perguntou: "Voar para Zagreb?". "Sim, e depois para Split e,
em seguida, em Medjugorje." Seu rosto resplandecia e ele disse: "Eu
já fui a Medjugorje!" E começou a falar sobre isso com entusiasmo. Um dos
guardiões na verificação de segurança diz como as pessoas sentem-se ao subir a
Montanha da Cruz e da atmosfera que reina lá ... Segundo exemplo: eu estava no
início da manhã na estação ferroviária da cidade. O diretor da emissora me
reconheceu. Começamos a conversar e ele me disse de sua grande desgraça: sua
esposa tinha morrido de câncer. Ele acrescentou rapidamente, "mas alguns
amigos me levou para Medjugorje." E isso tem fortalecido na fé. Exalava
uma alegria ...
Estes são
apenas dois pequenos exemplos entre muitos, muitas experiências acontecidas em
Medjugorje.
Vou repetir
o que eu disse, há muitos anos, em uma entrevista: se Medjugorje não tivesse
desenvolvido toda esta espiritualidade, metade dos nossos seminaristas não
existiriam, porque muitas das nossas vocações sacerdotais estão ligados direta
ou indiretamente à Medjugorje.
Como decidi
vir para Medjugorje? Como Cardeal, sou uma pessoa muito exposto na Igreja. Não
queria criar controvérsia, nem desejava criar
oportunidade para debates, mas você sabe o que eu penso sobre
Medjugorje. No entanto, neste verão eu estava em Saluzzo na Comunidade
Cenacolo. Eu sei que a Irmã Elvira já há alguns anos, eu a amo e que eu
respeito como um testemunho extraordinário do Senhor Ressuscitado e sei o quão
profundamente a Última Ceia é amarrado a Medjugorje. A Saluzzo eu experimentei
uma forte segurança interior: chegou a hora de eu ir a Medjugorje. Eu diria que
foi uma força interior. Expressei o desejo de que a minha visita seria confidencial,
simplesmente queria passar mais tempo em silêncio e oração. Não desejo esconder
a minha vinda, mas desejava que fosse discreta. Eu só queria vir para o lugar
onde Nossa Senhora dá tantas graças.
Além disso,
no ano passado, Ivan Dragicevic estava em Viena, eu falei com ele, e este ano
também Marija Pavlovic-Lunetti, tanto na Catedral de St. Stephen, algo para o
qual eu também dei minha permissão. Ambas as reuniões fiquei profundamente
impressionado com a modéstia, a clareza, a simpatia e simplicidade destes dois
visionários. Isso reforçou a minha decisão de vir aqui de uma forma muito
simples e tranquila.
Continua...
retirado do site www.medjugorje.hr.it
SEMINÁRIO INTERNACIONAL PARA SACERDOTES EM MEDJUGORJE-2015
Terrá lugar em Medjugorje de 6 a 11 de Julho de 2015 o 20º Seminário Internacional para sacerdotes
Tema: " Paz a vós" ( Gv 20,21)
" A escola de Maria"
programação do 20º Seminário Internacional para Sacerdotes
no link: http://www.medjugorje.hr/files/file/svetal15.htm
PAPA FRANCISCO EM SARAJEVO EM 6 DE JUNHO PRÓXIMO
Vaticano (IKA) - "Eu gostaria de anunciar que sábado, 6 junho, se Deus quiser, eu vou para a Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina", disse o Papa Francisco após o Angelus no domingo, 1 de Fevereiro. Ele convidou os fiéis a rezar pela sua visita, cujo objetivo é incentivar os moradores fiéis católicos de lá, despertando "fermentos de bem" e contribuir para a consolidação da fraternidade e da paz.
Numerosos peregrinos enfatizam que a coisa que mais os impressionou em Medjugorje foi a adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento. Na paróquia de Medjugorje, a Adoração ocorre às terças-feiras e sábados 21:00-22:00 hs, e na quinta-feira após a missa da noite. Cada dia vinte e cinco do mês, há a Adoração noturna habitual. Ela começa às 21:00 hs com uma hora de adoração comunitária até às 22:00 hs, e em seguida o Santíssimo Sacramento fica exposto na igreja até 7:00 hs da manhã seguinte.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Conselhos de 3 grandes santas da Igreja
A sabedoria de
Teresa de Jesus, Catarina de Sena e Teresa de Lisieux
O segundo
ponto vem de Santa Teresinha do Menino Jesus e se trata de como responder
ao amor de Deus. Diante dos grandes santos
algumas pessoas reagem com desânimo, pois estas grandes almas tornam
inalcançável o ideal de santidade; outras, fazem desses santos modelos e
procuram imitá-los, desejando igual santidade.
A Pequena
teve sua intuição básica ao perceber que existem almas, grandes santos, grandes
homens e mulheres escolhidos por Deus, uma elite espiritual, que a imensa
maioria da humanidade, não conseguirá nunca imitar. No entanto, segundo ela,
existe também uma outra família: a das Pequenas Almas, na qual ela se via
incluída, embora fosse uma grande alma.
Em sua
doutrina ela diz que as pequenas almas podem também amar a Deus, não com a
forma heroica dos grandes santos, mas de forma ordinária, comum. Todos são
chamados a transformar cada um dos pequenos atos da vida em amor a Deus.
Oferecer TUDO a Jesus, seja bem ou mal, alegria ou tristeza, contentamento ou
frustração, tudo por amor a Jesus. Santa Terezinha transformou todos os
pequenos atos ordinários de sua vida em amor, por isso ela foi extraordinária
na ordinariedade com que viveu o amor a Jesus.
Este foi o segundo
ponto: amar de volta aquele que amou por primeiro. Tal ensinamento tem a grande vantagem de trazer a religião para a
vida cotidiana, de tal forma que ninguém precise mais esperar a data do
martírio para fazer qualquer ato heroico de amor a Deus. Todos podem amá-Lo
desde já, desde agora.
É por isso
que Santa Terezinha, embora tenha sofrido muito com a doença de seu pai e com a
sua própria doença, demonstrou ser uma mulher de grande maturidade espiritual
mesmo aos 24 anos de idade. Impressionante foi o seu caminho espiritual, de
menina mimada, imatura e vitimista, que foi transformada por Deus numa grande
santa. Amar de volta Aquele que nos amou por primeiro.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
1º DOMINGO DA QUARESMA
Evangelho (Mc 1,12-15)
Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” Palavra da Salvação.
Comentário do Frei Heliodoro Fernandez, oar
Na quarta-feira, ao recebermos as cinzas, vimos que sem Deus não somos nada, apenas pó. E fomos convidados a recuperar a vitalidade da fé neste tempo de Quaresma, usando os meios que a Igreja nos oferece: a oração, a penitência, a esmola, o jejum e a Campanha da Fraternidade. Seria bom, a nível individual, familiar e de grupo, estabelecer um programa que inclua momentos de oração, de diálogo, de reflexão e de ouvir mais a Palavra de Deus e podemos sentir como o Senhor nos surpreende, pois Ele sempre tem algo novo e bom para nos dizer.
Necessitamos momentos de intimidade com Deus, como fazia Jesus, que antes de iniciar suas atividades, se retirava para rezar e preparar-se a enfrentar as tentações do maligno. Quando falamos que há crise de fé, não será por que há falta de oração? Quando se fala que há dificuldades de relacionamento dos pais com os filhos, não será também por que há falta de comunicação dos filhos com os pais? A oração é uma boa ajuda nessas circunstâncias, pois quem não se deixa impressionar quando se coloca, com fé, diante do Crucificado? Precisamos muito da oração, pois como Jesus no Evangelho estamos todos em luta constante contra o mal. São tantas as promessas que recebemos de abandonar a fé! Mas o que nos será dado em troca? É bem provável que fiquemos sem nada e, arrependidos, voltaríamos à fé, pedindo perdão a esse Deus que, sendo tudo para nós, o deixamos por nada!
No tempo de Quaresma, como dizia Santo Inácio, dois comandantes saem ao nosso encontro: Jesus e o Maligno. Com qual dos dois vamos ficar? A qual dos dois vamos servir? Vejamos os prós e os contras:
- A oração vai direta a Deus. A falta dela nos torna sócios do Maligno.
- A austeridade aproxima de Deus. A vaidade faz sorrir a maldade.
- A solidariedade agrada a Deus. O egoísmo consolida o reino do mal.
- A Eucaristia nos leva a Deus. O domingo, sem Deus, alegra o diabo.
Que na santa Quaresma, o Senhor os conceda estas graças:
- Frente à tentação do materialismo; defender o ser, mais que o ter.
- Frente à tentação da vaidade; adorar o único a ser adorado, Deus.
- Frente à tentação do poder; o domínio sobre nós mesmos.
Além de tudo isto, a Igreja, por meio da CNBB nos propõe a Campanha da Fraternidade. Este ano com o tema: -Fraternidade, Igreja e Sociedade, e o Lema: “Eu vim para servir”.
O Papa Francisco, recentemente nos recordava que: ‘Cristo não veio para ensinar-nos boas maneiras, mas para salvar-nos mediante o serviço aos demais, porque ninguém se salva sozinho’.
Que todos nós, ao longo da Quaresma experimentemos, de forma especial, o amor de Deus, e sejamos para todos transparência viva desse amor.
ORAÇÃO DOS CINCO DEDOS
Papa Francisco
ORAÇÃO
DOS CINCO DEDOS
Muito
conhecida, prática, simples e cheia de amor.
O
seu autor é o Papa Francisco (quando bispo de Buenos Aires)
1.
O dedo polegar é o que está mais perto de você. Assim, comece a orar por
aqueles que estão mais próximo de você. São os mais fáceis de recordar-se.
Rezar por aqueles que você ama é “uma doce tarefa”.
2. O dedo seguinte é o indicador. Reze pelos que instruem e curam. Eles precisam de apoio e sabedoria ao conduzir outros na direção correta. Mantenha-os em tuas orações.
3. A seguir é o dedo médio. Recorda-o dos nossos chefes, governantes e os que têm autoridade. Eles necessitam de orientação divina.
4. O próximo dedo é o anelar. Surpreendentemente, este é o nosso dedo mais fraco. Ele lembra que rezemos pelos mais fracos, doentes ou pelos atormentados por problemas. Todos eles necessitam das tuas orações.
5. E finalmente temos o nosso dedo mínimo. O menor de todos. Este deveria lembrar-te de rezar por você mesmo.
Quando terminares de rezar pelos primeiros quatro grupos, as tuas próprias necessidades aparecer-te-ão numa perspectiva correta e estarás preparando para orar por ti mesmo de uma maneira mais efetiva.
Que
Deus te abençoe.
Conselhos de 3 grandes santas da Igreja
A sabedoria de
Teresa de Jesus, Catarina de Sena e Teresa de Lisieux
CONSELHO DE SANTA
TERESA DE JESUS (TERESA D’AVILA)
No início de cada etapa, as pessoas geralmente se imputam alguns
objetivos para serem cumpridos ao longo do período. Assim, para avida
espiritual, propomos também uma meta e, para isso, nada melhor que tomar como
modelo três conselhos de três grandes santas da Igreja: Santa Teresa de Jesus,
Santa Catarina de Sena e Santa Teresa de Lisieux, seguindo as indicações
extraídas da obra “Doctoras de la Iglesia”, do Padre Antonio Royo Marín.
O primeiro conselho
vem de Santa Teresa d’Ávila, que conseguiu progredir espiritualmente de uma
forma extraordinária mesmo não tendo diretores
espirituais satisfatórios. Na época dela, havia a convicção de que quando a
pessoa crescia espiritualmente deveria deixar de lado a reflexão sobre a
humanidade de Cristo, sua Paixão, o quanto Ele nos amou, enfim, a meditação
concreta sobre o Evangelho. Para eles, quanto mais alto o nível de vida
mística, maior deveria ser a contemplação da Trindade.
Santa
Teresa de Jesus, como grande doutora, notou o erro desse tipo de pensamento.
Para ela, em todas as etapas da caminhada espiritual é imprescindível a
meditação sobre a humanidade de Cristo. Ele é o caminho. Em sua obra “Caminho
de Perfeição”, ensina às monjas que utilizem de imagens de Cristo crucificado,
chagado e, a partir da imagem, meditem sobre o grande amor que Deus tem pela
humanidade.
O primeiro ponto,
portanto, é olhar para a Paixão de Cristo, olhar para o Amor encarnado,
concreto, real, histórico com que Deus amou os
homens e sobre ele fundamentar o próprio edifício espiritual, afinal, como
ensina São João: “O amor consiste nisso: não fomos nós que amamos a Deus, mas
foi Deus quem nos amou enviando seu filho para a expiação dos nossos pecados”
(4,10). Logo, a morte de Cristo na Cruz é a realidade concreta do amor de Deus.
O edifício
espiritual de muitas pessoas vem abaixo por conta do esquecimento desse
primeiro ponto: Deus amou a humanidade e cada um por primeiro. E esse amor não
é uma teoria, mas uma realidade que se fez carne na humanidade de Cristo.
Assim, o primeiro passo é fazer o firme propósito de ter a cruz de Cristo
diante dos olhos em todos os momentos. “Jesus, amor encarnado, chagado por
mim”, apropriando-se dessa certeza: “Eu fui amado com amor infinito, sem
defeito, não sou mais uma vítima, não preciso mendigar o amor dos outros.”
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Quaresma: Momento propício de reconciliar-se com Deus
Um capelão universitário fala do “lugar mais alegre, humilde e inspirador do mundo”.
Certa vez, eu estava em um ônibus com um grupo de pessoas mais idosas que eu, na volta de um aeroporto. Viram que eu era sacerdote e começaram a me fazer perguntas:
- O senhor faz tudo o que os padres fazem?
- Sim.
- Também a questão da confissão?
- Sim, sempre.
Uma senhora bem idosa suspirou: “Acho que esta deve ser a pior parte, deve ser muito deprimente, ouvir todos os pecados das pessoas…”.
Eu lhe disse que era exatamente o contrário. Não há nada mais grandioso do que estar com alguém enquanto volta a Deus. “Seria deprimente ver alguém se afastando de Deus, mas eu acompanho as pessoas quando elas voltam para Ele”.
O confessionário é o lugar mais alegre, humilde e inspirador do mundo.
O que eu vejo durante a confissão?
Em primeiro lugar, vejo a misericórdia de Deus agindo. Fico face a face com o poder esmagador e transformador do amor de Deus. Vejo de perto o amor divino e isso me lembra como Deus é bom.
Nem todo mundo consegue ver como o sacrifício de Deus na cruz irrompe constantemente na vida das pessoas e derrete os corações mais duros. Jesus consola os que choram pelos seus pecados e reforça os que sentem a tentação de render-se diante de Deus ou da vida.
Como padre, vejo estas coisas todos os dias.
Vejo um santo “em processo de fabricação”
Também vejo uma pessoa que ainda está lutando, um santo em fase de fabricação. Não me interessa se é a terceira vez na semana que a pessoa se confessa: se ela procura o sacramento da Reconciliação, significa que está lutando, que está tentando.
Isso é tudo que me interessa. Este pensamento é digno de consideração: ir se confessar é um sinal do fato de que não nos rendemos diante de Jesus.
Se eu fico lembrando dos seus pecados? Não!
As pessoas costumam me perguntar se me lembro dos pecados que ouço. Como sacerdote, é bem raro que isso aconteça. Pode parecer impossível, mas a verdade é que não são tão dignos de atenção. Não são como um pôr-do-sol memorável, nem como uma chuva de meteoros ou um filme de suspense… Parecem mais um monte de lixo e pronto.
E se os pecados são como lixo, então o padre é como o varredor de Deus. Se você pergunta a um gari qual foi o maior lixo que ele já recolheu, pode ser que se lembre, mas o fato é que, uma vez acostumados a tirar o lixo, este deixa de ser digno de atenção.
Sinceramente, uma vez que a pessoa percebe que o sacramento da Confissão não tem tanto a ver com o pecado, mas sim com a morte e ressurreição de Cristo que vencem na vida de alguém, então os pecados perdem seu fulgor e a vitória de Jesus ocupa o lugar central.
Na Confissão, encontramos o amor transformador de Deus, que nos recorda: “Você é digno de que eu morra por você… inclusive nos seus pecados”.
Cada vez que alguém vem se confessar, eu vejo essa pessoa como alguém profundamente amado por Deus e que está correspondendo a este amor. É assim, isso é tudo o que importa.
Na confissão, vejo minha fraqueza
Outra coisa que o padre vê quando escuta as confissões é sua própria alma. Para um sacerdote, o confessionário é um lugar que dá medo. Nem me atrevo a lhe contar quão humilde me sinto quando alguém se aproxima da misericórdia de Jesus através de mim.
Os pecados das pessoas não me intimidam; o que me impressiona é que sejam capazes de reconhecer em suas vidas pecados aos quais eu estive cego, na minha vida. Escutar a humilde de alguém destrói meu orgulho. É um dos meus melhores exames de consciência.
Mas por que a confissão impressiona tanto um sacerdote? Pela maneira como Jesus confia no fato de que eu seja um sinal vivo da sua misericórdia.
Um dia depois da minha ordenação, fizemos uma pequena festa e meu pai fez um brinde. Ele havia trabalhado a vida inteira como cirurgião ortopédico e era muito bom nisso. Seus pacientes sempre me procuravam para me contar como sua vida tinha se transformado depois da cirurgia com meu pai.
E então, meu pai estava lá, no meio de todas essa pessoas, e disse: “Durante toda a minha vida, usei as mãos para curar o corpo quebrado das pessoas. Mas, de hoje em diante, meu filho Michael, padre Michael, usará suas mãos para curar as almas quebradas. Suas mãos salvarão mais vidas que as que eu salvei”.
O confessionário é um lugar poderosíssimo. Tudo o que eu posso fazer é oferecer a misericórdia, o amor e a redenção de Deus, mas não quero “colocar Jesus em apertos”. O padre não julga ninguém. No confessionário, a única coisa que eu tenho que oferecer é a misericórdia.
Eu me sacrifico por você
Quando um padre escuta as confissões, por fim, ele assume outra responsabilidade.
Uma vez, depois da faculdade, eu fui me confessar, depois de muito tempo e de muitos pecados, e o padre me deu como penitência apenas uma Ave-Maria.
Eu fiquei surpreso.
- Padre, o senhor ouviu tudo o que eu disse?
- Sim.
- E não acha que eu deveria receber uma penitência maior?
Ele me olhou com grande amor e disse: “Não. Esta pequena penitência é tudo o que eu lhe peço”. Depois de hesitar um pouco, ele acrescentou: “Mas saiba que eu farei jejum por você nos próximos 30 dias”.
Fiquei sem palavras. Não sabia o que fazer. Ele me disse que o Catecismo ensina que o sacerdote deve fazer penitência por todos aqueles que se confessam com ele. E lá estava ele, assumindo uma penitência forte pelos meus pecados.
Por isso, a confissão revela a alma do sacerdote, revela sua disponibilidade para sacrificar sua vida oferecendo a misericórdia de Deus.
Lembre-se: a confissão é sempre um lugar de vitória.
Independentemente do fato de você ter confessado um pecado particular pela primeira vez, ou pela 12.956ª vez, a confissão é uma vitória para Jesus. E eu, um padre, estou lá. Vendo Jesus recuperar seus filhos a cada dia.
Isso é tremendamente impressionante.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2015 - « Fortalecei os vossos corações» (Tg5,8)
Amados irmãos e irmãs!
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um « tempo favorável » de graça (cf. 2 Cor6,2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: « Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro » (1 Jo4,19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença. Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar. A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5,6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida. Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. « Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros » (1 Cor12,26)– A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa « tem parte com Ele » (cf. Jo 13,8), podendo assim servir o homem. A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. « Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria » (1 Cor12,26). A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. « Onde está o teu irmão? » (Gn 4,9)– As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada
(cf. Lc16,19-31)? Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções. Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura--se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofre e geme, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: « Muito espero não ficar inactiva no Céu; o
meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas » (Carta254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens. Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf.Act1,8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. « Fortalecei os vossos corações » (Tg 5,8)– Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração. Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum. E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.
Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos. Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro. Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: « Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso » (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!
Assinar:
Postagens (Atom)