1º DOMINGO DA QUARESMA
Evangelho (Mc 1,12-15)
Naquele tempo, o Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” Palavra da Salvação.
Comentário do Frei Heliodoro Fernandez, oar
Na quarta-feira, ao recebermos as cinzas, vimos que sem Deus não somos nada, apenas pó. E fomos convidados a recuperar a vitalidade da fé neste tempo de Quaresma, usando os meios que a Igreja nos oferece: a oração, a penitência, a esmola, o jejum e a Campanha da Fraternidade. Seria bom, a nível individual, familiar e de grupo, estabelecer um programa que inclua momentos de oração, de diálogo, de reflexão e de ouvir mais a Palavra de Deus e podemos sentir como o Senhor nos surpreende, pois Ele sempre tem algo novo e bom para nos dizer.
Necessitamos momentos de intimidade com Deus, como fazia Jesus, que antes de iniciar suas atividades, se retirava para rezar e preparar-se a enfrentar as tentações do maligno. Quando falamos que há crise de fé, não será por que há falta de oração? Quando se fala que há dificuldades de relacionamento dos pais com os filhos, não será também por que há falta de comunicação dos filhos com os pais? A oração é uma boa ajuda nessas circunstâncias, pois quem não se deixa impressionar quando se coloca, com fé, diante do Crucificado? Precisamos muito da oração, pois como Jesus no Evangelho estamos todos em luta constante contra o mal. São tantas as promessas que recebemos de abandonar a fé! Mas o que nos será dado em troca? É bem provável que fiquemos sem nada e, arrependidos, voltaríamos à fé, pedindo perdão a esse Deus que, sendo tudo para nós, o deixamos por nada!
No tempo de Quaresma, como dizia Santo Inácio, dois comandantes saem ao nosso encontro: Jesus e o Maligno. Com qual dos dois vamos ficar? A qual dos dois vamos servir? Vejamos os prós e os contras:
- A oração vai direta a Deus. A falta dela nos torna sócios do Maligno.
- A austeridade aproxima de Deus. A vaidade faz sorrir a maldade.
- A solidariedade agrada a Deus. O egoísmo consolida o reino do mal.
- A Eucaristia nos leva a Deus. O domingo, sem Deus, alegra o diabo.
Que na santa Quaresma, o Senhor os conceda estas graças:
- Frente à tentação do materialismo; defender o ser, mais que o ter.
- Frente à tentação da vaidade; adorar o único a ser adorado, Deus.
- Frente à tentação do poder; o domínio sobre nós mesmos.
Além de tudo isto, a Igreja, por meio da CNBB nos propõe a Campanha da Fraternidade. Este ano com o tema: -Fraternidade, Igreja e Sociedade, e o Lema: “Eu vim para servir”.
O Papa Francisco, recentemente nos recordava que: ‘Cristo não veio para ensinar-nos boas maneiras, mas para salvar-nos mediante o serviço aos demais, porque ninguém se salva sozinho’.
Que todos nós, ao longo da Quaresma experimentemos, de forma especial, o amor de Deus, e sejamos para todos transparência viva desse amor.
ORAÇÃO DOS CINCO DEDOS
Papa Francisco
ORAÇÃO
DOS CINCO DEDOS
Muito
conhecida, prática, simples e cheia de amor.
O
seu autor é o Papa Francisco (quando bispo de Buenos Aires)
1.
O dedo polegar é o que está mais perto de você. Assim, comece a orar por
aqueles que estão mais próximo de você. São os mais fáceis de recordar-se.
Rezar por aqueles que você ama é “uma doce tarefa”.
2. O dedo seguinte é o indicador. Reze pelos que instruem e curam. Eles precisam de apoio e sabedoria ao conduzir outros na direção correta. Mantenha-os em tuas orações.
3. A seguir é o dedo médio. Recorda-o dos nossos chefes, governantes e os que têm autoridade. Eles necessitam de orientação divina.
4. O próximo dedo é o anelar. Surpreendentemente, este é o nosso dedo mais fraco. Ele lembra que rezemos pelos mais fracos, doentes ou pelos atormentados por problemas. Todos eles necessitam das tuas orações.
5. E finalmente temos o nosso dedo mínimo. O menor de todos. Este deveria lembrar-te de rezar por você mesmo.
Quando terminares de rezar pelos primeiros quatro grupos, as tuas próprias necessidades aparecer-te-ão numa perspectiva correta e estarás preparando para orar por ti mesmo de uma maneira mais efetiva.
Que
Deus te abençoe.
Conselhos de 3 grandes santas da Igreja
A sabedoria de
Teresa de Jesus, Catarina de Sena e Teresa de Lisieux
CONSELHO DE SANTA
TERESA DE JESUS (TERESA D’AVILA)
No início de cada etapa, as pessoas geralmente se imputam alguns
objetivos para serem cumpridos ao longo do período. Assim, para avida
espiritual, propomos também uma meta e, para isso, nada melhor que tomar como
modelo três conselhos de três grandes santas da Igreja: Santa Teresa de Jesus,
Santa Catarina de Sena e Santa Teresa de Lisieux, seguindo as indicações
extraídas da obra “Doctoras de la Iglesia”, do Padre Antonio Royo Marín.
O primeiro conselho
vem de Santa Teresa d’Ávila, que conseguiu progredir espiritualmente de uma
forma extraordinária mesmo não tendo diretores
espirituais satisfatórios. Na época dela, havia a convicção de que quando a
pessoa crescia espiritualmente deveria deixar de lado a reflexão sobre a
humanidade de Cristo, sua Paixão, o quanto Ele nos amou, enfim, a meditação
concreta sobre o Evangelho. Para eles, quanto mais alto o nível de vida
mística, maior deveria ser a contemplação da Trindade.
Santa
Teresa de Jesus, como grande doutora, notou o erro desse tipo de pensamento.
Para ela, em todas as etapas da caminhada espiritual é imprescindível a
meditação sobre a humanidade de Cristo. Ele é o caminho. Em sua obra “Caminho
de Perfeição”, ensina às monjas que utilizem de imagens de Cristo crucificado,
chagado e, a partir da imagem, meditem sobre o grande amor que Deus tem pela
humanidade.
O primeiro ponto,
portanto, é olhar para a Paixão de Cristo, olhar para o Amor encarnado,
concreto, real, histórico com que Deus amou os
homens e sobre ele fundamentar o próprio edifício espiritual, afinal, como
ensina São João: “O amor consiste nisso: não fomos nós que amamos a Deus, mas
foi Deus quem nos amou enviando seu filho para a expiação dos nossos pecados”
(4,10). Logo, a morte de Cristo na Cruz é a realidade concreta do amor de Deus.
O edifício
espiritual de muitas pessoas vem abaixo por conta do esquecimento desse
primeiro ponto: Deus amou a humanidade e cada um por primeiro. E esse amor não
é uma teoria, mas uma realidade que se fez carne na humanidade de Cristo.
Assim, o primeiro passo é fazer o firme propósito de ter a cruz de Cristo
diante dos olhos em todos os momentos. “Jesus, amor encarnado, chagado por
mim”, apropriando-se dessa certeza: “Eu fui amado com amor infinito, sem
defeito, não sou mais uma vítima, não preciso mendigar o amor dos outros.”
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