Memória de Nossa Senhora de
Lourdes e Jornada Mundial dos Enfermos
Os enfermos e os que sofrem encontram na fé uma âncora segura. No dia 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, celebrar-se o dia mundial do Doente. Esse dia constitui, para os doentes, os operadores sanitários, os fiéis cristãos e todas as pessoas de boa vontade, ‘um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade’ (Beato João Paulo II, Carta de instituição do Dia Mundial do Doente, 13 de Maio de 1992, 3).
Muito oportuna a relação da data da Jornada Mundial com a festa de Nossa Senhora, pois grande parte da devoção propagada por Santa Bernadete foi baseada na cura das doenças que tanto se alastravam pela Europa nos idos dias do século XIX.
Um dos apelos constantes que aparece na mensagem pontifícias para essa dia é o da necessidade de valorização dos Sacramentos de Cura, ou seja, da Reconciliação e da Unção dos Enfermos, ambos com “natural complemento na Comunhão Eucarística”. Estes sacramentos colocam em evidência “o binômio saúde física e a cura das feridas da alma”.
Quem, na doença, “invoca o Senhor” – escreveu em 2012 o Papa Bento XVI na mensagem para esse dia – é “certo que Seu amor não o abandonará nunca” e que também “o amor da Igreja” não lhe deixará só. No Sacramento da Reconciliação, na “medicina da confissão”, observa, “a experiência do pecado não se transforma em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma”. Por isso, o momento do sofrimento, ao invés de ser de desespero, pode transformar-se “em um tempo de graça para entrar novamente em si mesmo”, repensar a própria vida e nos próprios erros, como o filho pródigo do Evangelho.
O Sacramento da Unção dos Enfermos não deve ser considerado como se fosse um sacramento menor em relação aos outros. Esse Sacramento merece hoje maior consideração, seja na reflexão teológica, seja na ação pastoral em favor dos doentes.
Não há como deixar de ressaltar a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença, contribui de maneira singular para operar uma transformação, associando o doente à oferta que Jesus fez de si mesmo ao Pai pela salvação de todos. Daí a constante exortação dos Papas à toda a comunidade eclesial e em particular às paróquias, a fim de que prestem atenção em assegurar a possibilidade aos doentes e anciãos de aproximarem-se com frequência da Comunhão.
Por ocasião do XXIII Dia Mundial dos Enfermos, comemorado neste ano de 2015, o Santo Padre escreveu a tradicional mensagem, divulgada pela Rádio Vaticano.
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