Posted: 28 Feb 2015 01:49 AM PST
Deus não é indiferente conosco, conhece o nosso nome e nos cuida, afirmou o Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015, na qual propôs aos fiéis três passagens para refletir e renovar seu encontro com Cristo e assim combater a globalização da indiferença.
Cada um de nós interessa a Deus, “o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença”, assinalou o Papa.
Entretanto, advertiu que “esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial” e é também uma tentação para os cristãos.
Por isso, propôs aos fiéis três passagens para refletir, renovar o encontro com Deus e assim não ser indiferentes:
O primeiro é “Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros” – A Igreja.
Nesta passagem, Francisco explica que com o seu ensinamento e testemunho, a Igreja oferece “o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença”. Entretanto, ninguém pode testemunhar o que antes não experimentou, como ocorreu na Quinta-feira Santa, quando Pedro compreende que o serviço de lavar os pés uns aos outros “só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa ‘tem a haver com Ele’, podendo assim servir o homem”.
“A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele”, afirmou Francisco. “Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença”, acrescentou.
Nesse sentido, recordou que a Igreja é “communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas”, “aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos”. “E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe”, afirmou.
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