"Adeus meus filhos, meus queridos filhos."
Por volta da meia noite, quis levantar-se. O Padre Pellegrino insistiu para que descansasse um pouco mais, mas ele respondeu: "Tenho os meus deveres."
Nessa noite perguntou as horas repetidas vezes. Perguntou ao Padre Pellegrino se já tinha celebrado a missa... "Ainda é muito cedo para a missa", respondeu ele. O Padre replicou: "Esta manhã terá de a dizer por mim."
Depois, pediu para se confessar e renovar os seus votos. Em seguida disse: "Se o Senhor me chamar a Si esta noite, peça perdão por mim aos meus confrade pelos aborrecimentos que lhes causei e peça aos meus filhos espirituais para rezarem pela salvação de minha alma."
O Padre Pelllegrino respondeu: "Padre,desejo que ainda possa viver muito tempo, mas se assim for, posso então perdi-lhe uma última benção para os confrades, para os seus filhos espirituais e para os seus doentes?".
"Com certeza,disse ele,do coração os abençoo a todos."
Pela uma hora, foi até a varanda. O Padre Pellegrino estava espantado por ver andar só e tão depressa. No entanto, depois de alguns minutos, teve uma nova crise; o suor inundava-lhe o rosto,e seus lábios tornaram-se lívidos.
O Padre Pio ainda teve forças para insistir com o Padre Pellegrino para não incomodar ninguém. Quando os padres e os médicos chegaram, ele já não falava mas agarrava no seu rosário com as mãos e repetia numa voz cada vez mais fraca:
"Gesu Maria"
"Jesus Maria"
Pelas duas e meia ,inclinou suavemente a cabeça e entregou a sua alma a Deus, enquanto um agradável perfume de flores de laranjeira enchia todo o quarto e se espalhava por todo o convento, perfume esse que foi sentido simultaneamente por todos os seus filhos espirituais espalhados pelo mundo inteiro.
Era o dia 23 de setembro de 1968. Deus enxugou as suas lágrimas e revestiu o seu humilde servo da glória eterna.
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