Em 13 de dezembro de 1969, Jorge Mario Bergoglio, três dias antes de cumprir 33 anos de idade, foi ordenado sacerdote.
Alguns dias antes, aquele jovem, que hoje é o Papa Francisco, emocionado e feliz, escreveu uma oração especial, que refletia o que ele estava sentindo e vivenciando naquele momento. A oração foi divulgada pelo jornal italiano Avvenire:
“Quero crer em Deus Pai, que me ama como um filho, e em Jesus, o Senhor, que infundiu seu Espírito na minha vida, para fazer-me sorrir e levar-me, assim, ao Reino eterno de vida.Creio na Igreja.Creio que, na história, que foi tocada pelo olhar de amor de Deus, no dia da primavera, 21 de setembro, Ele saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, no qual me refugio.Creio na mesquinhez da minha alma, que busca receber sem dar... sem dar.Creio que os outros são bons e que devo amá-los sem medo e sem traí-los jamais, sem buscar uma segurança para mim.Creio na vida religiosa.Creio que quero amar muito.Creio na morte cotidiana, ardente, da qual fujo, mas que sorri para mim, convidando-me a aceitá-la.Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de verão.Creio que o meu pai está no céu, junto ao Senhor.Creio que o Padre Duarte também está lá, intercedendo pelo meu sacerdócio.Creio em Maria, minha Mãe, que me ama e nunca me deixará sozinho.E espero a surpresa de cada dia, em que se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até o encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, do qual fujo continuamente, mas que quero conhecer e amar.Amém.”
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