por Frei Heliodoro
Jesus, por ser Deus, podia ter nascido de outra maneira, mas
em sua condição humana quis ser visto, tocado, querido, amado, adorado e
compreendido por um casal: José e Maria. Com certeza que José e Maria fizeram
tudo quanto puderam, procurando, até achar um lugar, numa gruta onde, com muito
amor, aconchegaram o Menino num presépio.
Assim nasceu o Amor que em Belém e
Nazaré cresceu e amadureceu. Semelhante a tantos pais que lutam por um futuro
promissor para os filhos, também José e Maria, realizaram essa missão com
simplicidade, obediência e confiança. A família de Nazaré nos ajuda a refletir sobre quatro temas inerentes à família.
1º Os problemas na família
Não
existe família que não tenha problemas. Até a de Nazaré, abençoada por Deus,
teve problemas. Desde o SIM de Maria, as dúvidas de José, a fuga para o Egito,
e tantos outros problemas, mostram que os grandes amores são os mais provados e
mais dignos de cuidar.
2º Os valores na família
Na família cada membro tem o seu lugar e seu carisma.
Sabemos pouco de José e Maria, mas, com certeza que os dois cooperaram na obra
salvadora que o Senhor lhes encomendou. José como carpinteiro e Maria como
portadora da Boa Nova, souberam estar no lugar que lhes correspondia, ajudando
Jesus a crescer em idade, sabedoria e graça diante de deus e dos homens.
3º Educação na família
Por que em tantas famílias atuais, os pais têm medo de
desempenhar o dever que lhes corresponde na educação religiosa, ética e moral
dos filhos e exigir deles os deveres que lhes corresponde realizar? A família,
não é como um pátio de amigos, mas uma mesa onde se põem os acentos e as
vírgulas, para que os filhos, no futuro escrevam corretamente, isto é, saibam
viver bem em sociedade.
4º Fé na família
É na família onde primeiro se aprende a viver e a crer. Tudo
quanto estamos vivendo, manifestando e celebrando, de quem e onde é que o
aprendemos? A maioria foi dos nossos pais e em família. Com certeza que Maria e
José foram os primeiros e melhores catequistas do Menino Jesus com a prática e
exemplo de fé. Os pais neste aspecto, têm que se interpelar. O que e como
fazemos na hora de transmitir a fé aos filhos? Somos transmissores da fé ou
curto circuitos? Tomamos a sério nossa missão de educadores ou a delegamos
totalmente a outras instituições e pessoas?
Realizamos e ensinamos a prática cristã de rezar no começo e
no fim do dia, de receber os sacramentos, de nos benzer e benzer a mesa; ou
vivemos a margem de tudo isso? A resposta a estes interrogantes, mostrará se
nossas famílias são cristãs ou simplesmente batizados, com pouca vivência
cristã.
Que Jesus, Maria e José nos estimulem a valorizar grande
célula da sociedade onde nascemos. Agradeçamos a Deus por esta magnífica
escola, universidade, oficina e sementeira de valores religiosos, éticos,
morais, sociais e culturais, que são nossas famílias.
Longe de ser clones de
uma sociedade interesseira, sejamos homens e mulheres com raízes profundas, com
critérios próprios e com luz pessoal.
Deus abençoa esses valores, tão nobres, que Ele viveu por
meio de seu Filho. Um desses valores é a Família, que Deus criou, que ele
assume e celebra, hoje e sempre, conosco e com muito amor.
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