Comentário
do Frei Heliodoro Fernandez, oar
As leituras deste domingo destacam o tema do amor.
A 1ª leitura diz: ‘que, apesar das
infidelidades de seu povo, Deus sempre se mantinha fiel, porque o amava e se
compadecia dele’.
A 2ª leitura diz que: ‘Deus, rico
em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, estando nós mortos pelo
pecado, nos fez reviver por Cristo’.
A frase, porém, mais impactante, é de São João no Evangelho: “Deus amou tanto o mundo que entregou seu
Filho único para que não pereça nenhum daqueles que Nele creem”.
Nada convence mais do que o amor. Somente o amor é digno de crédito. Não
são os planos que mudam os comportamentos humanos, mas o amor. O amor de Deus
tem um nome: Jesus Cristo. Sem Ele
nada somos e nada podemos fazer de bem. Sem Ele nossas tentativas de mudanças
para o bem são inúteis. A vida, para ser autêntica, tem que ir impregnada de
amor. Para crescer interiormente, progredir, educar, catequizar, é preciso amar
e deixar-se amae por Deus. Porque uma vida sem Deus e sem amor é como um barco
sem âncora que fica à deriva.
Se quisermos amar de verdade olhemos para o modelo, Jesus. O amor dele aos pobres, aos excluídos, aos doentes, às
multidões..., transformava Jesus num deles.
O amor de Jesus às pessoas fazia com que elas se convertessem e o
seguissem, porque, com Ele e por Ele, sentiam-se mais valorizadas. O amor é
mais sublime ainda quando se estende aos inimigos: ‘Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem’.
Após estas considerações cabe perguntar. Será que estamos amando de
verdade? Amamos como Jesus amou? Qual é a qualidade do nosso amor? O amor a
Deus é o ponto central da nossa vida? Reservamos tempo para Ele? Manifestamos a
Ele o nosso amor na oração, na Eucaristia, na acolhida às pessoas e no
agradecimento pelos gestos de amor para conosco?
Traduzimos as exigências do amor na família, no trabalho, nas amizades e
na vida? Temos manifestado amor e serviço a todos e, em particular, aos pobres,
anciãos e doentes? Lembremos o lema da Campanha da Fraternidade: “Eu vim para
servir”.
·
Por que, Senhor, derramastes tanto
sangue, se não lhe damos valor?
·
Por que, Senhor, na Cruz, se
continuamos sem olhar para Vós nela?
·
Por que vosso coração tão mole,
Senhor, quando o nosso é tão duro?
·
Para que, Senhor, teu pão
eucarístico, senão o saboreamos com fé?
·
Para que, Senhor, tanta paixão por
nós, se vivemos sem compaixão?
·
Por que, Senhor, na Cruz, se é melhor
a vida de luzes que de cruzes?
A única resposta é: PELO IMENSO
AMOR QUE DEUS TEM POR NÓS.
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