"Sem dúvida, a confissão da própria culpa pode parecer muitas vezes pesada para a pessoa, porque humilha o seu orgulho e confronta-a com a sua pobreza. Mas é precisamente disto que precisamos; precisamente disto sofremos, que nos fechamos no nosso delírio de inculpabilidade e, desta forma, fechamo-nos também perante os outros e em relação ao próximo. Nas curas psicoterapêuticas exige-se que as pessoas suportem o peso de profundas e muitas vezes perigosas revelações sobre a sua interioridade. No sacramento da Penitência depõe-se com confiança na bondade misericordiosa de Deus a simples confissão da própria culpa. É importante fazer isto sem cair no escrúpulo, num espírito de confiança próprio dos filhos de Deus. Assim, a confissão pode tornar-se uma experiência de libertação, na qual o peso do passado nos abandona e nós podemos sentir-nos rejuvenescidos por mérito da graça de Deus, que, de cada vez, nos dá a juventude do coração."
Joseph Ratzinger
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