O
apego às riquezas é o início de todos os tipos de corrupção, em todos os
lugares: corrupção pessoal, corrupção nos negócios, também a pequena corrupção comercial,
daqueles que tiram 50 gramas do peso correto, a corrupção política, a corrupção
na educação ... Por que ? Porque aqueles que vivem apegados ao próprio poder,
às próprias riquezas, acreditam viver no paraíso. Estão fechados, não têm
horizonte, não têm esperança. No fim deverão deixar tudo.
Há
um mistério na posse das riquezas. As riquezas têm a capacidade de seduzir, de
nos levar a uma sedução e nos fazer acreditar que estamos em um paraíso
terrestre.
Viver
sem horizonte é uma vida estéril, viver sem esperança é uma vida triste. O
apego às riquezas nos dá tristeza e nos torna estéreis. Digo ‘apego’, não digo
‘administrar bem as riquezas’, pois as riquezas são para o bem comum, para
todos. Se o Senhor dá a riqueza a uma pessoa é para que ela possa usá-la para o
bem de todos, não para si mesmo, não para que se feche em seu coração
tornando-se corrupta e triste.
As
riquezas sem generosidade nos fazem crer que somos poderosos, como Deus. No
final, elas nos tiram o melhor, ou seja, a esperança. Jesus indica no Evangelho
qual é a maneira justa para viver uma abundância de bens: a primeira
Bem-aventurança.
Bem-aventurados
os pobres em espírito, ou seja, despojar-se do apego e fazer com que as
riquezas que o Senhor lhe deu sejam para o bem comum. É a única maneira. Abrir
a mão, abrir o coração e abrir o horizonte. Se você tem a mão fechada, tem o
coração fechado como aquele homem que fazia banquetes e usava roupas luxuosas,
você não tem horizontes, não vê os outros que precisam e vai terminar como
aquele homem: distante de Deus.”
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