O olhar de Jesus diante do cego do evangelho é compassivo,
curativo, carregado de misericórdia, ternura, confiança e esperança. Bem
diferente dos olhares dos fariseus, de indiferença e desprezo. No tempo de
Jesus, era comum pensar, que a pobreza e as desgraças eram castigo de Deus. Jesus
rejeita esta crença, mostrando que Deus é a favor da vida e do amor; e Ele,
como bom pai, não olha para nós como pecadores, mas como filhos e filhas muito
amados. Para Jesus diante dos problemas difíceis, o mais importante é ‘não por
quê’, mas ‘para quê’. Rejeitemos para sempre a ideia boba de que Deus castiga.
Deus é a luz que ilumina e dá sentido às nossas alegrias, tristezas, saúde,
doença, a nossa vida e a nossa morte.
Jesus tomou
a iniciativa de curar o cego sem que ninguém lhe pedisse. E o cego soube
responder com valentia, com liberdade, com fé e confiança. Ele se deixou
enlamear os olhos, - estranha medicina!- Mas não foi a água nem o barro que o
curou; foi a palavra de Jesus e a fé do cego nele.
Com este
milagre Jesus nos convida à piscina de Siloé, isto é, a encontrar-nos com Ele
para, na volta, olharmos com mais clareza as coisas e as pessoas, deixando de
lado os caminhos da lei fria.
Os chefes
religiosos, os representantes de Deus, não estavam a fim de reconhecê-lo em
Jesus e nas suas obras! Só se importam pela lei fria. A atitude do cego, porém, é maravilhosa.
Tentemos imitá-lo. Quando o cego enxergou, confessou abertamente o poder
e a ação de Jesus, coisa que seus pais não o fizeram por falta de coragem. Seremos
nós capazes de proclamar as maravilhas
que o Senhor realiza em nós, ou preferimos andar pelos túneis que conduzem à
frustação e ao vazio, fruto da nossa cegueira espiritual?
O cego de
nascimento foi corajoso. Ele não tremeu na hora de indicar a fonte de luz,
Jesus de Nazaré; o causador da cura de sua cegueira: Será que nós, não
permanecemos numa constante cegueira ou miopia espiritual que nos impede
proclamar a presença de Jesus, a sua força, a sua mão, a sua palavra e a
importância Dele na nossa vida?
O cego de
nascença foi agradecido. Não sabemos se ele era alto ou baixo, inteligente
ou primário, aberto ou tímido, mas sabemos sim que Jesus lhe deu aquilo que ele
mais necessitava a luz, a visão. Peçamos também a Deus a luz para conhecê-lo
melhor no irmão necessitado! Que possamos encontrar Deus no dia a dia da nossa
vida para encontrar-nos com Ele, em plena visão, na eternidade! Amém.
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