PIEDADE
Dom que muitas vezes é incompreendido ou considerado de modo superficial.
É preciso esclarecer logo que este dom não se identifica com sentir compaixão por alguém, mas indica a nossa pertença a Deus e o nosso elo profundo com Ele – um elo que dá sentido à nossa vida.
Longe de ser um dever ou imposição, a piedade garante que a nossa relação com Deus brote genuinamente do nosso coração: o Espírito Santo nos leva a perceber a presença de Deus e todo o seu amor, o que suscita em nós gratidão e louvor, e nos faz viver como seus filhos.
Por outro lado, se a piedade nos faz crescer na relação e na comunhão com Deus, ao mesmo tempo nos ajuda a dirigir este amor também aos outros. E então seremos movidos por sentimentos de piedade – não de pietismo!
Por que não digo pietismo? Porque algumas pessoas pensam que ter piedade é fechar os olhos e fazer cara de santo. Fazer de conta que é um santo. Mas este não é o dom da piedade. É o que nos torna capazes de alegrar-nos com quem se alegra, chorar com quem chora, estar próximo de quem está só ou angustiado, corrigir quem está no erro, consolar quem está aflito, acolher quem passa necessidade. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e da mansidão, que nos faz tranquilos, pacientes, em paz com Deus: a serviço com mansidão dos outros.
Peçamos ao Senhor que o dom do seu Espírito possa vencer o nosso temor e as nossas incertezas, e também o nosso Espírito inquieto, impaciente. E possa nos tornar testemunhas alegres de Deus e do seu amor, adorando o Senhor em verdade e também nos serviços ao próximo, com mansidão e com o sorriso que sempre nos dá na alegria o Espírito Santo. Que Ele nos dê a todos este dom da piedade.
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