Comentário do Frei Heliodoro Fernandez, oar
A parábola deste domingo nos fala de um senhor que por quatro
ou cinco vezes saiu para contratar trabalhadores para a sua vinha. No final
todos recebem a mesma paga.
Todas as parábolas de Jesus questionam e surpreendem. Vemos
que o dono da vinha tem trabalho para todos em qualquer hora do dia. E diz o
texto que assim acontece com o Reino dos Céus. Cada pessoa tem sua hora, seu
dia, sua idade e sua oportunidade para aceitar o convite de Deus e trabalhar no
seu campo. Ele não paga pelo trabalho nem pelas horas extras, mas pela boa
disposição de responder ao convite.
As únicas pessoas que reclamam são aquelas que sabem desde o
começo o que eles vão ganhar. Eles se queixam do que os outros recebem. Eles se
sentem chateados vendo que o Senhor é bom com todos. Sentem-se molestos pela
bondade de Deus e só se relacionam com Ele em termos mercantilistas tentando
comprar a salvação. Essa é a atitude própria dos invejosos. Dizia Voltaire “Deus fez o ser humano semelhante a Ele, mas
nós humanos empenhamo-nos em fazer Deus semelhante a nós”.
Esta parábola nos apresenta, mais uma vez, o retrato de um
Deus que é bondoso e misericordioso. Transparecem nela o valor da justiça,
pagando o salário combinado; e também o valor da bondade e da generosidade,
pois Ele sempre dá mais do que o esperado.
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