"anjo surfista"
A Arquidiocese do Rio de Janeiro dará início formal à causa
de beatificação de Guido Schäffer, médico que oferecia atendimento em saúde e
espiritual a pessoas carentes, e que morreu afogado em 2009 pouco antes de ser
ordenado sacerdote. A data escolhida para abertura oficial será 20 de janeiro
de 2015, dia de São Sebastião.
O Vaticano deu sinal verde para o processo na semana
passada, quando a arquidiocese recebeu o Nihil Obstat da Congregação para a
Causa dos Santos, documento em que a Santa Sé reitera que não há qualquer
impedimento para que o candidato possa se tornar beato.
O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta,
não chegou a conhecer pessoalmente Guido, todavia certifica a benevolência do
seu trabalho e vida:
“O que eu vi do trabalho dele enquanto médico, do trabalho com as irmãs de Madre Teresa de Calcutá e com os pobres, demonstra que ele era um jovem que trazia santidade no seu coração”.
Guido morreu aos 34 anos, em maio de 2009, após ser atingido
na nuca pela prancha com a qual surfava. Guido cursava o terceiro ano de
Teologia no seminário São José, no Rio, e estava prestes a receber a ordenação
sacerdotal. Em uma entrevista à Rádio Catedral, pouco antes de morrer,
divulgada pelo site oficial em homenagem a Guido, ele falou sobre as vocações:
“Eu penso que cada vocação seja particular. É Deus que chama todos nós. Mas o modo como Ele chama é único e irrepetível”.
Dom Orani reitera esta particularidade do chamado vocacional
de Guido.
“Ele atuou primeiro como jovem médico, além do trabalho social, e com suas pregações em várias regiões do Brasil e, depois, chegando na sua última etapa de vida, com o desejo de se tornar sacerdote".
Devoção
“Desde a sua morte há peregrinação ao seu túmulo, também foram escritos livros e recolhidos muitos depoimentos, principalmente da juventude com quem ele mantinha um belo trabalho. Inclusive, ele trabalhava na pastoral com alguns jovens ligados à praia e ao surf. Portanto, ele tinha uma presença em meio aos pobres, aos médicos, aos jovens e na Igreja com a evangelização.”
Cardeal Tempesta
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