PARÁBOLA DOS TALENTOS
Frei Heliodoro Fernandez oar
A parábola do patrão que viaja e entrega seus bens aos empregados para que os administrem, serve de estímulo e de alerta. Estímulo à responsabilidade, ao esforço e empenho no serviço do reino de Deus e seus valores. E serve de alerta contra a preguiça, a falta de iniciativa e o medo.
O que é que nós temos que não tenhamos recebido?
Vida, simpatia, beleza, saúde, qualidades. Tudo isso somos obrigados a manter e cultivar em benefício nosso, dos outros e para glória de Deus, que tudo Ele nos deu. Precisamos assumir responsabilidades, correr riscos, tomar iniciativas, seguir modelos e programas para que os dons que recebemos produzam bons frutos até o fim da nossa vida.
O terceiro dos empregados foi tímido, não arriscou, não investiu, não produziu nada. O dinheiro do patrão ficou improdutivo; dinheiro parado é dinheiro perdido. Isto caracteriza o pecado de omissão.
Esta parábola nos ajuda a mudar aquela imagem de Deus que nos foi transmitida no passado. Numa imagem irreal de um deus ameaçador, temível e justiceiro, que exige perfeição com ameaças e castigos, afogando a alegria de viver, com um estilo de vida espiritual insuportável, de sentido de pecado, de culpa e de castigos...
A parábola, pelo contrário, nos apresenta a imagem de um Deus, Pai generoso, que confia em nós, que nos entrega os dons para que os administremos. Ele valoriza e recompensa nosso trabalho, pois Ele é Deus pai e mãe que nos ama e nos quer felizes.
O que a parábola aprova é algo que estamos pouco acostumados a reconhecer, é o pecado de omissão. A abstenção, a apatia, a preguiça, o comodismo, o medo e insegurança, são pecados que mais cometemos e menos assumimos.Nossa vida cristã há de ser bem ativa e produtiva. Se, pelo contrário, se como cristãos nos conformarmos com um mínimo obrigatório de missas, rezas e sacramentos e fizermos pouco ou nada pelos demais, então seremos cristãos instalados e fossilizados.
Torna-se necessário aumentar o rendimento dos nossos talentos na construção do Reino de Deus, Jesus não fundou uma religião de museu, mas uma religião ativa, que temos que ir reconstruindo sempre até a volta Dele, quando, então, ouviremos de Deus isto: "porque fostes meus fiéis e bons operários, entra na alegria do vosso Senhor", o Céu.
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