SOLENIDADE DE CRISTO
REI – 34º DOMINGO – A
Frei Heliodoro
Fernandez, oar
A Missa do Domingo 34º
encerra o Ciclo Litúrgico A. O próximo será o 1º do Ciclo B e o começo do
Advento, preparação para o Natal.
No último domingo do
Ciclo A a Igreja celebra a Solenidade do Jesus
Cristo Rei do Universo. Neste Evangelho encontramos três pontos muito úteis
para nossa reflexão.
O
1º ponto nos apresenta um rei que é juiz, que coloca e exige
como critério de julgamento a prática do amor, do serviço, da solidariedade e
da justiça para com os outros, em especial com os mais humildes com os quais
Ele próprio se identifica.
O
2º ponto apresenta o Rei em seu trono, reunindo em torno de
si todas as nações e separará, uns a sua esquerda e outros a sua direita, como
o pastor separa as ovelhas dos cabritos de acordo com os comportamentos de uns
e outros.
O
3º ponto mostra o Rei declarando a sentença com base o amor a
Deus no irmão. São João da Cruz dizia: “Ao
entardecer da vida seremos examinados sobre o amor”.
Jesus identifica-se com
os pobres, os humildes e os que sofrem, chamando-os de irmãos. Bem distante dos
critérios de poder, que nos levam a identificar o ter como um poder e não como
serviço! A sentença do rei juiz declara que os herdeiros do Reino de Deus serão
todos aqueles, homens e mulheres, que amaram o próximo, praticando o bem, a
solidariedade e a justiça. Por tanto, não são as ideologias e as palavras que
salvam ou condenam, mas as boas ou as más atitudes. Jesus afirma: “Nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor,
entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai”. Nossa
identificação como cristãos será: “Se
vos amardes uns aos outros’ diz Senhor.
Deus se identifica com
todos aqueles que têm necessidade de qualquer tipo de ajuda. O amor ao próximo
é a prova mais segura do amor a Deus: “O
que fizermos de bem ou de mal ao irmão que precisa de nós, é a Deus que
fazemos.” Seremos julgados conforme a nossa aceitação ou rejeição ao
Cristo, que não vemos mas que está identificado no irmão, porque: “Quem não ama o irmão, a quem vê, como pode
amar a Deus a quem não vê?” Essa é a única religião que Deus aceita e
prefere.
Achar o julgamento
final como algo distante é um engano, pois o resultado final consistirá,
apenas, em tornar pública a sentença que, no dia a dia, cada qual vai mostrando
com a sua conduta de amor ou desamor. Devemos sentir-nos orgulhosos por ter
Jesus como rei, porém, comprometidos com o amor a Ele nos outros, para que
possamos um dia ouvir do nosso Rei: “vinde
benditos do meu Pai, tomai posse do vosso Reino”.
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